quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO VISTO PELOS GRANDES TÉORICOS DA APRENDIZAGEM



Denomina-se as teorias da aprendizagem em psicologia e educação, aos mais diversos modelos que visam explicar o processo de aprendizagem pelos indivíduos. As concepções de aprendizagem que possui maior destaque na educação atual são as: Jean Piaget, Lev Vygotsky, Henri Wallon e David Ausubel. O cognitivismo é de grande destaque para esse estudo, no qual cognição tem como definição, o ato de conhecer, ou seja, como o ser humano conhece o mundo. A enfâse do cognitivismo está nos processos mentais do individuo, que são eles dificilmente observáveis como: organização do conhecimento, processamento de informações, estilos de pensamento, comportamentos relativos à tomada de decisões, entre outros; não concentrando nas operações mentais. Os maiores teóricos nesta perspectiva citamos Piaget e Vigotsky.
Jean William Fritz Piaget, foi um dos pensadores mais influentes da Educação. Caracterizado por estudar as questões epistemológicas, definido como o estudo do desconhecido desde o menor ao maior grau. Para Piaget, a aprendizagem é um produto do meio ambiente, as pessoas, fatores que são externos aos alunos, sendo o conhecimento adquirido em processos educativos sejam eles formais ou não-formais. O processo construtivismo ganha muito destaque no trabalho de Piaget, para ele as crianças possuem um papel bastante ativo na construção do seu próprio saber, onde a ação é comandada pela necessidade e pelo interesse que possui em uma determinada situação. 
O significativo estudo de Piaget a respeito do pensamento operatório formal que é fundamental para qualquer pessoa que tenha de resolver problemas sistematicamente, pode ser desenvolvido e está sendo utilizado em sessões educativas de aprendizagem, e para isso se torna necessário o erro ou conflito para que se tenha um desenvolvimento mental contínuo, porque o conflito com o que você sabe e ao mesmo tempo você não sabe forma então, o conhecimento. A aprendizagem para Piaget, depende de uma estrutura hierárquica, sendo importante atentar-se ao nível cognitivo daquele que irá realizar determinada atividade, para que se tenha um efeito concreto.
A organização diante daquilo que acontece na nossa mente e o desenvolvimento cognitivo, se dar por meio de esquematização para Piaget. Inicialmente nos deparamos com desequilíbrio que retrata a dificuldade que existe se aprender logo, em seguida há a assimilação que ocorre juntamente com a acomodação, sendo a assimilação, quando a mente já não se modifica diante determinada situação, ocorrendo dois processos: a mente desiste ou então, se modifica. No caso, se ocorrer a modificação, surge a  acomodação, buscando a construção de novos esquemas de assimilação e resultando em prover a descoberta e posteriormente a construção do conhecimento. Por fim, sendo o equilíbrio, responsável por essa nova aquisição de conhecimentos, concluindo com a adaptação da nova modificação do conhecimento na mente. 
As fases de desenvolvimento cognitivo na teoria de Piaget é definida em quatro estágios, cada um responsável por determinadas construções, são eles: sensório-motor (0-2 anos), pré-operatório (2-6 anos), operatório concreto (7-11 anos), operações formais (11-14 anos).
Portanto, referindo mais uma vez a Piaget e a importância dos seus estudos para a educação, o bom professor deve provocar o desequilíbrio na mente do aluno para que ele, busque então o reequilíbrio, tenha a oportunidade de agir e interagir com o meio. Diante dessas situações o professor deve ter passos para posicioná-lo (propondo atividades para proposições de soluções, a busca pessoal de informações, entre outros) e fazer com que esse aluno exerça um papel ativo e construa seu conhecimento, sob orientação do professor.
Referindo-se agora sobre um grande teórico da psicologia, chamado David Ausubel conhecido bastante pela criação da teoria aprendizagem significativa, possui uma frase de grande referência, sendo ela: "Que quanto mais sabemos mais aprendemos". Para Ausubel, o que é realmente importante e que influência na aprendizagem é aquilo que o aprendiz já conhece. A partir do que ele sabe, é possível basear nisso nos seus ensinamentos. Conhecido pela hierarquização de conceitos, que se estruturam como uma "andamaria", onde existe uma problematização para então chegar na organização da nossa mente, comparado a então os mapas conceituais, que representam um conjunto de proposições organizadas também na hierarquização dos conceitos.
Considerada a aprendizagem significativa quando novos conhecimentos, sejam eles a partir de conceitos, ideias, proposições, modelos, fórmulas; passam a significar algo para o aprendiz, sendo ele capaz de explicar com suas próprias palavras e quando é capaz de ser ativo para solucionar problemas novos. Importante ressaltar que essa teoria de aprendizagem em sala de aula, fornece contribuições e estratégicas que o professor possa construir para efetivamente lecionar. Porém, o comprometimento pela obtenção de conhecimentos não depende apenas do professor, mas sim depende muito do aluno. O professor é o facilitador do processo e o aluno é que estabelece se quer aprender significativamente ou não.
Tendo em vista a contribuição de Ausubel e Piaget, outro grande estudioso na área da aprendizagem, chama-se Henri Wallon, o desenvolvimento cognitivo segundo Wallon, tem como estudo a psicogênese da pessoa completa, ele admite que o organismo atue como a primeira condição para o pensamento, no qual toda a função psíquica pressupõe de um componente orgânico. A principal palavra dessa Teoria da Psicogênese da Pessoa Completa proposta por Wallon, é a relação.
Wallon, destaca um tipo de manifestação específica para o estudo na qual denominamos de manifestação afetiva, o que o levou estudar profundamente, em que as emoções são uma das primeiras manifestações que se fazem presente e é liberada pelo contato com o meio social. Sendo o meio social o motivador para emoção humana e está como propulsora da cognição, sendo mais uma evidência da manifestação orgânica do psiquismo. Diferenciando a teoria de Piaget o qual buscou a inteligência, Wallon fez questão de estudar a pessoa inteligente. 
Os estágios do desenvolvimento mental desse estudo, são: impulsivo-emocional(1º ano de vida), movida como já diz o nome, pela emoção; sensório-motor e projetivo(1-3 anos), caracterizado pela exteriorização do pensamento, de acordo com as manifestações; personalismo(3-6 anos), existência da autoridade, crença; categorial (6-10 anos) característica principal é a presença da disciplina; predominância funcional(10-12 anos) onde se há uma redefinição da personalidade.
A teoria pedagógica proposta por Wallon, nos faz refletir que diante todos os outros ele foi o diferencial por mostrar que o desenvolvimento intelectual é muito mais do que apenas um cérebro, mas também as emoções possuem sim grande significado nessa construção do conhecimento.
Um dos maiores teóricos, chamado Lev Vygotsky desenvolveu uma teoria na qual o resultado implica em transmitir a geração em geração. O desenvolvimento cognitivo do aluno não é concebido apenas como sendo descoberto espontaneamente, mas se dá por meio da interação com o meio social, com as experiências e as ideias com outros indivíduos.
A aprendizagem diante esse teórico, deve se dá por meio em que o professor elabore estratégias que levem o aluno a torna-se mais independente, estimulando o conhecimento potencial que ele possui, como também proporcionar trabalhos em grupo com técnicas para motivar, facilitar a aprendizagem do aluno e eliminar qualquer sensação de isolamento desse aluno.
Nota-se o quanto é significativo o entendimento das teorias de aprendizagem de cada autor, para que se tenha maior compreensão sobre a construção do conhecimento no ser humano. Apesar de partirem de questões diferentes, eles compartilhavam de preocupações, em comum, que são elas: o que origina o conhecimento humano? Como se desenvolve o conhecimento humano? Quais os fatores determinantes?, entre outros. Preocupações essas que eles tiveram e hoje são aplicadas e se faz presente em diversas escolas e universidades para evolução da relação de educador e educando. A interação do meio, a aprendizagem significativa, a emoção com a preocupação além do cérebro, como também, a importância do estudo da busca da inteligência; teorias de aprendizagem que hoje pedagogicamente é  essencial nas salas de aula e em diversos estudos.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL E PROCESSOS COGNITIVOS ENTRE OS DOIS E OS SEIS ANOS


Desenvolvimento intelectual e processos cognitivos entre os dois e os seis anos, Mario Carretero e José Antonio León. In: COLL, César et all. Desenvolvimento psicológico e educação. Volume 1. 2ª Edição. Tradução de Daisy Vaz de Moraes. Porto Alegre: Artmed, 2004.


Fonte: Imagens Google;
O estudo de Piaget relacionado às crianças de dois a seis anos, que corresponde à chamada etapa pré-operatória, compreende importantes conteúdos nesta fase, por exemplo, a função simbólica.
Um aspecto relevante nesta fase é caracterizado pelo pensamento infantil em busca de grandes transformações operatórias que não ocorrerá de imediato, mas sim em posteriores etapas. A capacidade de criança pré-lógica apresenta um visão “negativa” para Piaget, existindo também uma visão “positiva” relacionada ao que as crianças sabem e o que fazem nessas idades.
Diante ao que foi exposto, o objetivo da análise do desenvolvimento intelectual e cognitivo das crianças é desvendar como elas codificam, transformam e conseguem organizar os mais diversos tipos de informações. A presença do entorno social exercesse grande influencia diretamente na evolução da capacidade cognitiva dessas crianças, as pessoas na qual essas crianças convivem e interagem nas suas atividades cotidianas representam assim grande responsabilidade nesta construção.
       Segundo a teoria de Piaget, é no segundo estádio do desenvolvimento cognitivo, que as crianças tornam-se mais refinadas ao uso do pensamento simbólico, nesta fase ainda não é possível pensar logicamente, caso que só virá acontecer no estádio das operações concretas.
No período pré-operatório os mais diversos progressos cognitivos podem-se nomear como: a função simbólica, compreensão das identidades, compreensão entre a causa e efeito, capacidade para classificar, compreensão do número, empatia e teoria da mente.
A função simbólica nos remete a capacidade de fazer uso de símbolos e suas representações mentais, isso faz com que esses símbolos auxiliem para pensar acerca das suas qualidades, sucedendo recordações e dialogo sobre elas, que necessariamente não precisa está presente fisicamente. Dentro das manifestações simbólicas, pode-se incluir a imitação e o jogo simbólico, visto que a imitação interior é uma forma de expressão própria do sujeito, servindo assim de bastante importância para o seu desenvolvimento social. Dispondo da imitação como uma atividade cômoda à realidade e o jogo simbólico como a criação de símbolos inventados, são aceitáveis essas atividades capazes de mudanças e deformadoras da realidade.
O egocentrismo para Piaget serve para se referir a pensamentos realistas, tendo em vista o da criança, na qual acreditam que todas as pessoas percebem o mundo como elas imaginam, não existindo assim perspectivas que diferem da sua. Através do estudo do autor supracitado é notório observar que essas crianças com até sete anos de idade, são incapazes de ter uma visão mais espacial diferente da sua. Interessante ressaltar que no egocentrismo, essa criança como também apresenta um pensamento animista, ou seja, há seres inanimados que são dotados de intenções e sentimentos, tornam-se vivos e são materializados em seus processos psíquicos, como se existisse uma voz interior dentro da sua cabeça.
Outros três pontos a ser destacados sobre o egocentrismo são: o fenomenismo, finalismo e artificialismo. O fenomenismo, no que diz respeito à criança tender a criar um laço entre coisas que podem acontecer proximamente, com exemplo, relacionar o dormir com a chegada do anoitecer. O finalismo está relacionado com uma causa para tudo e por fim o artificialismo retrata as coisas foram criadas por um ser superior ou pelo homem mesmo.
O desenvolvimento dos primeiros registros sensoriais gira em torno da percepção, processo esse que contribuirá para que o bebê encontre estímulos que se apresentam ao seu redor. A atenção pode ser compreendida como a seleção perceptiva que garante assim uma maior eficácia da atividade que se realiza.
Logo após seu nascimento, os bebês possuem um olhar de forma mais central aos estímulos que o rodeiam, estímulos esses que se mostram presente no rosto das pessoas, correlacionado isso os bebês tendem assim a expressar esses gestos faciais por meio do olhar. Com o passar dos meses, cria-se basicamente uma relação afetiva desse bebê com seu cuidador, pela fase dos nove meses, a interação com pessoas se torna presente, como também com o mundo ao seu redor, iniciando assim a tríade comunicativa, no qual nessa idade agora conseguem tanto olhar quanto acompanhar gestos das pessoas adultas e objetos do ambiente.
Quando a criança completa por volta dos dois anos, elas obtêm um ganho na controlabilidade, adaptabilidade e capacidade de planejamento. Entretanto, foi observado que as crianças com cinco e seis anos, conseguiram passar até sete minutos concentrado em uma mesma tarefa, preferencialmente quando está à frente de um jogo, diante esse contexto podemos associar alguns déficits no transtorno de atenção.
As crianças hiperativas geralmente apresentam características que impossibilitam de controlar seus impulsos e se mantenham concentrados frente a uma atividade imposta, característica essa de um déficit de atenção. Unido a um maior controle, a atenção ganha companhia da adaptabilidade e flexibilidade elementos estes com importante relevância nas capacidades cognitivas, sendo empregando com propostas e metas.
Dentre os tipos de atraso no desenvolvimento segundo a atenção é: a deficiência de produção, na qual as crianças não utilizam os planos que lhe são uteis; deficiência no controle representado pela capacidade de planejar algo que seja eficaz; deficiência de utilização, em que essas crianças não se beneficiam pelo planejamento elaborado, mesmo que consigam utilizá-las.
Regressando aos tipos das capacidades de atenção, existindo por fim o caráter de planejamento, no qual se pode pensar de maneira antecipada nas as ações, produzindo assim uma atenção sucessiva para que alcance suas metas e projetos. A partir dos quatros anos as crianças já são dotadas de algumas características estratégicas capazes de resolverem atividades definidas como complexas. Assim, o planejamento é o marco de um dos pontos altos do desenvolvimento da atenção.
No desenvolvimento do conhecimento temático, os processos de atenção têm como função, regulares a entrada das informações que contribuíram para primeira concepção do que é o mundo.
A criança passa a não mais abstrair certas regularidades das situações que vem vivenciado com o contato do mundo. A captação dessas regularidades, originam os primeiros protótipos semânticos do conhecimento, que eles são dois tipos: os esquemas e as categorias.
Os esquemas são aqueles que organizam o chamado conhecimento temático, ou seja, são conhecimentos que costumam ser os mais diversificados, desde as situações que vivenciam, como também personagens ou a ações que se repetem por muitas vezes e do mesmo modo na vida cotidiana. Além disso, existe as categorias, que organizam o conhecimento categorial ou taxionômico, que definimos como a capacidade que a criança associa conjuntos de coisas aparentemente díspares mediante relações de semelhanças ou equivalência.
A melhor aprendizagem que essas crianças realizam está apoiado na utilização de estratégias de memorização e como também as estratégicas de organização. Foi observado que as crianças com cinco anos de idade, em geral, não utilizam desses tipos de estratégias, ou possa até usá-las, mas ainda são ineficazes. Diferentemente, das crianças aos sete ou oito anos, as crianças vão sendo operantes, eficientes e planejadoras.
Desta maneira, de acordo com a concepção de Piaget, foi significativo analisar sobre as capacidades de processamento e a enorme bagagem de conhecimento com o qual contam essas crianças na idade de dois a sete anos. No qual foi observado que o conhecimento é adquirido desde cedo com as rotinas diárias de atividades e a interação dessas crianças com os indivíduos e objetos. Fase essa caracterizada pelo surgimento da linguagem, do desenho, da imitação, dramatização, desejo de explicação de algumas de suas dúvidas, entre outros.
Fonte: Imagens Google;
Considerando o uso de estratégias de aprendizagem também de grande importância nessa fase, em que a presença do profissional da educação na área infantil que garante formas estimulantes para melhor desenvolvimento do potencial dessa criança e que não o subestime nas atividades é essencial, sempre mostrando suas capacidades diante das tarefas que são impostas.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

DO PENSAMENTO FORMAL À MUDANÇA CONCEITUAL NA ADOLESCÊNCIA


Do pensamento formal à mudança conceitual na adolescência, Mario Carretero e José Antonio León. In: COLL, César et all. Desenvolvimento psicológico e educação. Volume 1. 2ª Edição. Tradução de Daisy Vaz de Moraes. Porto Alegre: Artmed, 2004.

Na adolescência é possível notar uma grande variedade de mudanças, inicialmente desde relacionado a sua imagem, como também a interação com o meio o qual vive, sendo essencial ressaltar as novas formas de pensamento nesta fase. Considerado, um novo e mais complexo nível de pensamento que lhe permite interpretar os fenômenos de maneira diferente de como haviam feito até então. Denominado na tradição piagetiana como pensamento formal, fase caracterizada por uma maior autonomia e rigor do raciocínio. O pensamento formal, também representa o estágio das operações formais.
De acordo com Piaget, as mudanças que ocorrem na fase da adolescência relacionadas com o que eles pensam sobre si mesmo, como também os seus convívios pessoais e a essência da sua sociedade tem como razão a construção de uma nova estrutura lógica que ele chamava de operações formais.
O pensamento operatório formal é o tipo de pensamento fundamental para qualquer pessoa que tenha de resolver problemas sistematicamente.
Uma particularidade importante do pensamento operacional formal, da qual Piaget provem todas as demais, refere-se entre o real e o possível. O adolescente possui a característica de explorar um problema com que se defronta, busca imaginar as relações possíveis que seriam eficazes no caso dos dados em questão; a seguir, através de uma combinação de procedimentos de experimentação e de análise lógica, tenta verificar quais destas relações possíveis são realmente verdadeiras.
O adolescente possui também uma característica importante, sendo ela conhecida como caráter hipotético-dedutivo das operações formais, em que nesta fase é possível considerar o pensamento abstrato ou teórico. Diferentemente das crianças, é na adolescência que se tem maior aprofundamento desse pensamento abstrato, em que essas abstrações se apresentam na forma de hipótese, ou seja, o adolescente diante um problema, levanta as hipóteses possíveis, e a partir das mesmas deduz suas conclusões.
Para evolução e que o adolescente realize com êxito determinadas ações, é preciso aplicar o raciocínio dedutivo, no qual permite mostrar quais as consequências das ações realizadas sobre a realidade, ou seja, como resultado de aplicar um raciocínio dedutivo é capaz de comprovar sistematicamente o valor de cada uma das hipóteses nas quais pensa.
Estudos posteriores a concepção de Piaget demonstrou discordância em algumas suposições na qual, a partir da aplicação de provas pós-piagenista em diferentes centros educacionais de lugares diferentes notou-se que a dificuldade encontrada em um lugar era diferente da outra, mostrando uma variação do que expressava Piaget, por exemplo foi verificado que em atividades com idêntica estrutura lógica, mas com diferentes conteúdos apresentaram de fato dificuldades diferentes.
O filme “Divertida mente” traz consigo aspectos interessantes sobre o texto apresentado acima, é possível verificar principalmente nas mudanças relacionadas a fase da adolescência na personagem Riley. Como também, aborda a questão emocional da personagem diante uma nova vida, em outro lugar e outro ambiente escolar. A pequena Riley, é guiada por cinco emoções, que são elas: alegria, tristeza, raiva, medo e nojo.
Fonte: Divertida mente; Ano: 2015.
A representação da mente de Riley se mostra interessante durante todo o filme, em que as cincos emoções ficam em uma torre de controle, gerenciando seus comportamentos. As cores das bolas destas emoções estão relacionadas com a emoção ligada à memória. As bolas das memórias de alegria são amarelas, as de tristeza são azuis, raiva são vermelhas e por fim as de medo são roxas.
É interessante ressaltar quando as memórias possuem uma carga emocional muito grande, é gerada uma memória especial, formando a chamada ilha de personalidade. No filme, Riley possuía as seguintes ilhas de personalidade: família, honestidade, bobeira e hóquei. Tornando essas ilhas de personalidades importantes por moldar quem somos e nossas prioridades na vida.  
A alegria e a tristeza em um determinado momento do filme são jogadas fora da sala de controle e passam boa parte do filme tentando retornar. Enquanto todas as ações da Riley terminam sendo comandadas apenas pelo o medo, o nojo e a raiva. No período que a alegria e a tristeza tentam retornar à sala de controle, a alegria nota o importante papel da tristeza, assim como as outras emoções.
O filme demonstra a importância de todas as emoções e o equilíbrio que deve ser tomado para que se alcance a melhor escolha. Podemos observar no final filme que as bolas de memória agora possuem muitas vezes cores mistas, existindo assim uma harmonia entre as emoções, agindo todas conjuntamente, sem a disputa de quem terá agora o controle da situação.
No decorrer do texto apresentado acima é visto que essa fase da adolescência é de grande relevância o estudo das operações formais que compreende o pensamento operatório formal, no qual o adolescente será imposto a confrontar e buscar soluções mediantes seus problemas que lhe serão questionados, levantando assim hipóteses dedutivas, a fim de que a realidade de suas ações, o faça enxergar as consequências de suas atitudes. O estudo de Piaget nos revela sim grande importância, mas foi possível observar em diferentes lugares que ia contra a concepção do mesmo, visto que cada adolescente possui essa personalidade única e própria, dessa maneira são suas escolhas que caracteriza essa fase.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

DESENVOLVIMENTO COGNITIVO NA IDADE ADULTA E NA VELHICE


        O ser humano necessita adaptar-se ao meio o qual vive a todo momento, com o avanço tecnológico que está em constante transformação e desenvolvimento, proporciona facilidades para alguns que nasceram nesta geração, que tem maior contato com essas ferramentas enquanto, outros possuem entraves de assimilação desse "novo mundo", a geração anterior a esse grande salto, como exemplo, os idosos, que não tem essa maior proximidade com esse novo meio acarretando então dificuldade em se inserir, gerando alguns problemas sociais.
       De acordo com o livro "Desenvolvimento Psicológico e Educação", precisamente no capítulo 21, do autor César Coll e colaboradores, retrata a grande dificuldade que tem um idoso no armazenamento de informações, responsáveis por déficits de atenção, raciocínio, memorização, auditivos, visuais, entre outros; resultando em um maior entrave no desenvolvimento cognitivo. Novas atividades, como exemplo o uso e contato do computador, é um grande desafio, por questões mencionadas acima. Digamos que o processamento de informações de um idoso termina não sendo superior ou equivalente ao de um jovem, no qual problemas sociais, como o afastamento e exclusão do próprio idoso diante da sociedade contemporânea totalmente "hiper conectada" com a evolução tecnológica.
Fonte: O estudante; Ano: 2009.
       O filme "O estudante", retrata a história do senhor chamado Chano, o qual sempre teve o sonho de ingressar na universidade; com a oportunidade de estudar Literatura Hispânica na Universidade de Guanajuato, Chano enfrenta o desafio de aprender a conviver com as diferenças do seu "novo mundo", inicialmente passa a ser escanteado pelo seus novos companheiros de turma, porém, com decorrer da estória termina se identificando mais e conhecendo um grupo de jovens, participando de festas, em que conversas se tornam rotineiras, como também, momentos de jogos em grupo.
      Chano, passa a também ensinar seus valores de sua geração, no qual nas mais contemporâneas e tecnológicas estão à se perder, são eles: o valor real do amor com suas diversas formas de demonstrações (carta, serenata, etc.), o respeito a tudo que o cerca, a construção de amizades duradoras baseadas na confiança, como também, a beleza da leitura e musicalidade dos clássicos.
    Portanto, a capacidade de um idoso à assimilar novas informações pode-se não ser superior ao de um jovem, porém isso não quer dizer que ele seja inferior ou incapaz de aprender e lidar com essas novas tecnologias, como também, interagir com o mundo mais jovem e "hiper conectado". 



segunda-feira, 8 de junho de 2015

A DISLEXIA NO ÂMBITO SOCIAL E SUA RETRATAÇÃO NA CINEMATOGRAFIA

       
       A dislexia é uma dificuldade específica de origem neurobiológica e geralmente se manifesta por meio da dificuldade na escrita, leitura, ortografia e matemática. No contexto escolar, os disléxicos sofrem bastante por não conseguir acompanhar o ritmo e prestar atenção nas aulas, acarretando a exclusão diante da sociedade que não conhece esse distúrbio de aprendizagem. Embora os disléxicos possuam dificuldades em algumas áreas, eles são dotados de muitos talentos, que são eles nas áreas de: música, desenho, esportes, entre outros.

      "Viagem Dentro da Dislexia" é um documentário realizado pela HBO que explora sobre esse distúrbio de aprendizagem, apresentando perfis de diferentes alunos disléxicos e adultos que compartilham suas experiências de dificuldades na escola, revelando seus dons e o sucesso que obtiveram em sua vida.
      O interessante documentário mostra o quanto a escola termina sendo uma grande vilã para o desenvolvimento desses jovens, em que na verdade deveria ser um das mais incentivadora com eles, fazendo com que muitas vezes esses disléxicos sejam taxados de: "burros", "preguiçosos", "loucos", entre outros; sendo que na verdade eles não são e o que se falta é estabelecer uma comunicação entre a escola e esses alunos, a fim de encontrar um mecanismo com que eles se desenvolvam e realizem suas atividades escolares da melhor maneira possível.


      Como podemos observar no filme "Como Estrelas na Terra" uma produção indiana de 2007, que conta a história do garoto Ishaan Awasthi que possui uma grande dificuldade em realizar suas atividades escolares no ano em que está e o qual reprovou já uma vez. Os seus pais não compreende o real motivo do garoto possuir tanta dificuldade em acompanhar as aulas e prestar atenção, sendo taxado por eles e professores como "preguiçoso", "burro", entre outros; seus pais decidem tomar uma decisão de recorrer à um internato onde ele acaba ficando com ainda menos vontade de aprender e deprimido. Nesse momento surge o professor substituto de artes, que não é um professor tradicional, que procura conhecer o garoto e percebe que ele tem dislexia, ajudando ao tirar do abismo no qual estava se afundando. O professor Nikumbh ensinou Ishaan a ler, escrever, calcular, desenhar (o qual o possui grande talento), entre outros bens; porém, ensinou o mais importante, fazer com que ele enxergasse o quanto é especial e quanto o distúrbio de aprendizagem não o tornava diferente dos outros colegas de sala.
      O filme retrata de forma muito significativa o quanto o professor tem a capacidade de transformar a escola em um ambiente agradável e estimulante, a partir de sua metodologia de ensino que deve se aperfeiçoar a cada dia para melhor compressão de seus alunos.

     Dessa maneira, não podemos considerar a dislexia como um problema, o problema está em não valorizar e entender as diferenças. Para isso é de extrema importância que a família sempre se mostre presente na vida do disléxico, dando muito carinho, compreensão e não deixando de apoiá-lo. Além, que é de essencial que no contexto escolar, os professores possuam um olhar sensível, a partir de uma metodologia de ensino inovadora, onde exista motivação e o uso de novos métodos para estimular o melhor desempenho desse aluno.